A Quadrilha Junina Zé Monteirão e o chef Hélio mostraram o melhor do mundo junino e a damurida de Roraima para o Brasil
O Salão Nacional de Turismo é uma vitrine do melhor que os estados do paíse possuem para atrair turistas, onde além das belezas naturais a cultura é fator preponderante para sucesso da atividade. Diversas manifestações culturais são mostradas aos visitantes do
Salão, que acontece até este domingo no RioCentro, no Rio de Janeiro, além de demonstração gastronômica de pratos típicos.
A quadrilha junina Zé Monteirão de Roraima se apresentou no 8º Salão Nacional de Turismo neste sábado, dia 10 de agosto no Rio de Janeiro, no setor Brasil em Festas. Os integrantes do grupo trouxeram consigo toda a tradição e alegria das festas juninas de
Roraima, que é um dos mais destacados movimentos culturais do estado, encantando o público presente com suas coreografias, músicas e trajes típicos.
A oportunidade foi vista com um marco para a representatividade do movimento junino do estado, que pela segunda vez se apresenta no Salão, que em 2023 aconteceu na capital federal. Segundo o diretor do Departamento de Turismo da Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima, Bruno Muniz de Brito, disse que a quadrilha Zé Monteirão teve a oportunidade de não apenas mostrar a cultura junina de Roraima, mas também de promover o estado como destino turístico.
“Através de suas danças e performances, os integrantes da quadrilha conseguiram transmitir a riqueza cultural e as tradições locais, despertando o interesse dos visitantes e fortalecendo a identidade cultural do estado de Roraima” disse Bruno. A participação da Zé Monteirão foi possível graças a parceria promovida pelo Ministério do Turismo com o Serviço Social do Comércio – SESC que em cada estado ficou responsável pela contração e logística da participação dos grupos culturais no Salão. Através da dança, da música e das festividades típicas, a quadrilha Zé Monteirão levou um pouco do espírito das festas juninas para o Rio de Janeiro, compartilhando as
tradições e a alegria do povo de Roraima com o restante do país.
Hélio Araújo (a esquerda) apresentou aos presentes a famosa damurida roraimense
Gastronomia – A convite do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial o chef Hélio Araújo apresentou uma aula na Cozinha Show do Senac, no evento Salão de Turismo, mostrando aos presentes o modo de preparação de um dos mais famosos pratos de nossa culinária: a damurida, iguaria indígena a base de peixe ou carne de caça e pimentas diversas.
A damurida, um prato emblemático da culinária indígena de Roraima, transcende a mera categoria de alimento. É um banquete de sabores, uma jornada pela história e cultura do estado, e um reflexo da rica biodiversidade da Amazônia. Foi o que disse o chefe Hélio
Araújo, salientando que o prato é um banquete de sabores e histórias. Originária da etnia Wapichana, a damurida é um caldo apimentado, preparado com ingredientes nativos da região.
O tucupi, extrato da mandioca brava, confere ao prato um sabor único e levemente ácido. A carne de caça ou peixe, as pimentas variadas
(malagueta, olho-de-peixe, murupi), a chicória e o jambú completam essa sinfonia de sabores. A preparação tradicional da damurida envolve um ritual ancestral. “A receita é transmitida de geração em geração, e o cozimento, preferencialmente em um recipiente de barro, simboliza a conexão com a natureza e a terra”, disse Hélio. Aula show de Hélio Araújo foi uma das mais concorridas do dia, com lotação total da plateia de assistentes, que ao final degustaram a damurida roraimense.